Cristina Kirchner vence na Argentina

A maioria dos analistas políticos, dentro e fora da Argentina, escolheu a palavra “apatia” para descrever o ambiente que marcou a disputa presidencial vencida, no primeiro turno, pela senadora Cristina Kirchner. A esposa do atual presidente, Néstor Kirchner, foi eleita com cerca de 44% dos votos, confirmando o favoritismo que a acompanhou durante toda a campanha. A apatia mencionada pelos analistas pode ser lida de duas maneiras: um desinteresse da maioria da população pelo destino do país, ou a expressão da superação de um trauma ainda muito vivo na memória do povo.

Em 2001, o país mergulhou em uma grave crise que arrastou a economia, a política e o orgulho nacional para o fundo do poço. Seis anos depois, o Produto Interno Bruto argentino cresce a uma taxa anual de 9%. Um “detalhe” que talvez ajude a entender porque a maioria optou pela continuidade, recusando maiores debates.

O povo argentino visitou o inferno social, político e econômico, deu um tapa na cara do diabo e voltou à vida. Não está no paraíso, mas chegou a um lugar muito melhor do que estava até bem pouco tempo. Considerando os traumas recentes, parece razoável que tenha recusado debater mudanças de rumo neste momento.

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