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Existe justificativa para a violência política?



O argumento dos Black Blocs parte de pressupostos equivocados, entre os quais o de que a agressão contra a polícia criará benefícios democráticos.
Desde junho de 2013, o Brasil tem vivido uma experiência inédita em sua história política recente: a apologia e uso da violência em atos e manifestações públicas vinda dos próprios manifestantes.
Ao mesmo tempo, assistimos pasmos a um aumento da violência em público sem precedentes: o incêndio de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo, as expressões bárbaras de violência em alguns presídios no Maranhão, atos de violência no aniversário da cidade de São Paulo e em diversos episódios ligados ao esporte, como a partida que decretou a queda do Vasco da Gama para a Série B e as comemorações pela vitória do Cruzeiro no Brasileirão em Belo Horizonte. O rojão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes representa o ápice desta trajetória. Todos estes atos apontam a uma direção problemática que merece ser questionada: a profunda legitimação social da violência na sociedade brasileira.

Black Block Ruralista


Por Elvino Bohn Gass

O vandalismo mascarado é a marca da tática de guerrilha urbana Black Bloc. Tapam o rosto por uma razão óbvia: sabem que o que fazem é ilegal.

Certo, no atual sistema político brasileiro, de maioria eleita pelo poder econômico, nem tudo que é legal é justo. Não decorre disso, autorização para a depredação do que estiver pela frente. Porque há, sim, no Brasil, um Estado de Direito que, se não atende todas as necessidades da população, de outra parte  – e isto é notório no governo Dilma – cada vez mais amplia espaços, instituições e canais de acesso aos serviços públicos e os qualifica.

O retrocesso democrático da lei antiterror


Uma articulação de senadores pressiona para que a chamada "lei antiterror" seja votada com urgência. Curiosamente esta mesma urgência não foi vista pelo senado para aprovar outros temas caros a população, como a reforma política. Como esta posta, a aprovação da lei antiterror pode colocar a própria democracia em risco.

Por Erick da Silva

Após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, atingido por um rojão durante uma manifestação no Rio de Janeiro, senadores tentam aprovar projeto para tipificar o crime de terrorismo no Brasil. O Projeto de Lei 499, de 2013 aponta como crime inafiançável “provocar ou infundir terror generalizado”, e estabelece penas de prisão de 30 anos para quem for enquadrado como "terrorista".

Black blocs: paradoxos e imposturas intelectuais


O fenômeno envolvendo os chamados “black blocs” traz consigo alguns paradoxos que vem expondo imposturas intelectuais perigosas para a democracia. Cabe, aqui, qualificar bem em que sentido está sendo usada a palavra “impostura”. É em seu sentido mais literal mesmo: ação de enganar com falsas aparências ou falsas imputações. Pois não faltam falsas aparências e falsas imputações neste debate, se é que pode ser chamado assim. A primeira delas é que há muito sendo dito sobre os “black blocs”, mas a maior parte é por terceiros, ou seja, por pessoas que não reivindicam fazer parte desse…grupo, movimento…(??). Uma frase repete-se com frequência nestas falas: eu sou contra sair quebrando tudo, mas…A tolerância expressa na adversativa mal consegue disfarçar a frouxidão com que é tratada a primeira parte da frase: por que é mesmo que você é contra sair quebrando tudo?

Os 'blacksurdos' de todo lugar: sintomas do nosso tempo


Por Flávio Aguiar

Há dois complexos esquizos que polarizam a vida cultural brasileira.
De um lado, temos o "complexo de galinheiro", ou seja, no grande e exótico zoológico mundial, onde pontificam as feras extraordinárias, águias imperialistas, leões colonialistas, ursos alpinos e albinos, tigres asiáticos, touros ibéricos, unicórnios gauleses, impérios do sol nascente, gigantes comunistas convertidos à azia capitalista etc., nós, brasileiros, seríamos um "puxadinho" onde habitam galinhas poedeiras e galinhos garnizés. Este é mantido pela mídia conservadora.
Do outro, o "complexo de império": somos autossuficientes, nos explicamos por nós mesmos, as tendências internacionais se afogam no Atlântico, somos uma autogestão de tendências políticas. Mais lacônico, mas não menos complexo do que o outro. Este também é mantido pela velha mídia. E por vezes pela alternativa também.
O Brasil não foge às tendências mundiais. Pode segui-las retardariamente, ao compasso, ou pode até antecipá-las. Mas segue plugado, desde sempre, no capitalismo internacional de onde não arredará um passo. Pelas próximas décadas, pelo menos.