Senado paraguaio conluiu o enredo do golpe desfechado na última 5ª feira (21/06) e aprovou o impeachment do presidente da República, Fernando Lugo.
O Senado do Paraguai aprovou por ampla maioria o impeachment do presidente Fernando Lugo. Foram 39 votos a favor e 4 contra, e 2 ausente, após um processo relâmpago que durou menos de 48 horas.
A decisão causou revolta do lado de fora do Parlamento, onde simpatizantes do presidente protestam contra a deposição e entram em confronto com a polícia. Porta-vozes de Lugo anunciaram que o presidente não apoiará nenhuma resistência armada, embora tenha classificado o julgamento político como um golpe parlamentar.

Segundo o procurador-geral da República, Enrique García, o presidente paraguaio só recebeu as acusações de “má gestão do governo” às 18h10 locais (19h10 de Brasília) desta quinta-feira, o que em sua opinião "vicia constitucionalmente o julgamento político".
De olho nas eleições de abril de 2013, oligarquia, Igreja e mídia queriam a destituição do Presidente, cuja base de apoio é maior no interior, porém pouco organizada e pobre. Rito sumário do impeachment tinha como objetivo justamente impedir a chegada de caravanas de camponeses a Assunção, onde o Parlamento está cercado por pouco mais de dois mil manifestantes contrários ao golpe. Lugo recebeu a notícia no Palácio de governo.
Golpistas ignoraram a pressão internacional: dirigentes da Unasul advertiram pouco antes da votação no Senado que a organização poderá não reconhecer um governo resultante da ruptura democrática agora consumada.
Informações: TeleSur - Opera Mundi - Prensa Latina - Carta Maior
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Um comentário:
Antes do Senado, foram 99 deputados. Todos foram eleitos como representantes do povo, e em seu nome estão autorizados a agir até por que com mais densidade do que um simples indivíduo.
Se uma decisao soberana do Congresso Nacional é considerada golpe, resta dissolver o congresso, prender seus oocupantes, e oferecer todos os poderes de uma vez ao "demcrático" pleito de Chávez.
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