Empolgado com a idéia de ser tucano, Luciano Huck tentou privatizar o mar
Por Rafael Castilhos
Luciano Huck é o manequim do conservadorismo brasileiro.
Uma espécie de Regina Duarte do século XXI.
Certa vez escreveu um discurso inflamado anunciando sua própria morte depois de estar revoltado por ter seu Rolex roubado em São Paulo. Dizia-se envergonhado por ser brasileiro e pedia a aparição do Capitão Nascimento para redimir sua perda.
Não tenho simpatia alguma por assaltantes e adoraria que o sistema judiciário afastasse das ruas os bandidos que roubaram seu relógio, entre outros tantos meliantes.
Mas à época considerei o discurso incoerente para o apresentador de um programa televisivo que explora a realidade social, vendendo a superação instantânea da pobreza com carros e casas que se transformam do dia pra noite em um passe de mágica.
Como na vida real as coisas não são bem assim, as vezes a turma do “cansei” tem mesmo que clamar pela Tropa de Elite para massacrar os bandidinho que se frustram com o sonho de consumo e resolvem tentar na mão grande ter acesso aos bens e as glórias prometidos pelo deus do capital.
Huck ficou famoso nos anos 90, quando estava na moda ser engomadinho e almofadinha. Enquanto jovem, jamais significou nada de bom para a molecada. Incorporou sempre o estereótipo do alienado preocupado com seu progresso pessoal. Seu show subjugava as mulheres, as transformando em divas sado masoquistas.
Mas o boyzinho agora tem pretensões eleitorais. Muitos dizem que ele está sendo preparado para ser a grande aposta do PSDB para no futuro, quem sabe, alcançar a presidência.
Pois não é que o rapaz pegou gosto em ser Tucano.
Já começou querendo privatizar o mar.
O rapaz tentou iniciar por cima e foi condenado pela 1ª Vara Federal de Angra dos Reis por cercar com bóias a sua Ilha das Palmeiras, neste município fluminense.
A multa é de 40 mil reais.
O mauricinho não se conforma com o fato de que gente rica também tem que respeitar as leis e o espaço público.
Quanto ao argumento de Luciano Huck de que o espaço se destinaria futuramente à maricultura, o Ministério Público se pronunciou no processo da seguinte forma:
"(a motivação) é outra que não a atividade de maricultura, ou seja, a maricultura seria um instrumento, um pretexto para legitimar a pretensão não acolhida pela lei, de apoderamento de bem de uso comum do povo".
Esse país continua perseguindo e invejando os mais ricos, não é mesmo?
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2 comentários:
Abraços Erick
Obrigado por compartilhar o texto. Seja sempre bem-vindo.
Adorei seu blog
Rafael Castilho
Valeu Rafael
Obrigado pela visita e vamos fortalecer este contato!
Erick
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