Vale - O conteúdo nacional e a política de compras



Por Cornelius Buarque


Na revista Exame, edição 987, 09/03/2011, há a história da empresa CONTAX. Tal empresa é a maior do Brasil no ramo de call center.

Iniciou como uma área da empresa de telefonia OI, passou à condição de subsidiária, se tornou independente e atualmente está em processo de internacionalização.

Uma empresa de telefonia enxergou áreas adjacentes ao seu negócio principal e resolveu atuar nessas áreas para maximizar o seu lucro.

O mesmo acontece com o que é denominado conteúdo nacional nas compras da Petrobras. Será que com investimentos de US$ 224 bilhões de dólares, não podemos impulsionar a indústria nacional do setor de óleo e gás?

Podemos, devemos e é feito.

Infelizmente outra companhia nacional de grande porte não adota tal prática. A VALE não estimula a indústria nacional nas suas compras. Também não faz esforço de agregar valor ao seu produto, se recusando a atuar na siderurgia para beneficiar o minério de ferro que extrai.

A VALE alega que compra navios da Ásia pela metade do preço. Mas será que os investimentos da VALE conjugados com os da Petrobras não seriam capazes de estimular a indústria naval brasileira?

A cidade de Rio Grande (RS) foi transformada pelos investimentos da Petrobras. Hoje, as cidades adjacentes como São José do Norte começam a receber investimentos para dar suporte às atividades desenvolvidas em Rio Grande.

São exemplos interessantes e a VALE poderia fazer o mesmo.

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