O fim do DEM se aproxima



Mais um "cacique" do DEM abandona a sigla, desta feita, o "cacique" em questão não chega bem a ser um "cacique", ainda que carregue no nome uma alusão aos povos indígenas. O derrotado candidato a vice-presidente nas eleições presidenciais de 2010 na chapa de José Serra, o carioca Índio da Costa, anunciou em seu twitter que está abandonando a sigla.
Os motivos, ainda que não tenham sido explicitados são evidentes. Com o naufrágio do DEM nas últimas eleições, vendo sua bancada federal encolher para pouco mais de 50 deputados (não contabilizando as baixas já anunciadas no início desta semana) evidencia que o futuro político da sigla é claramente decadente.
No caso específico do Índio da Costa, além de um certo "senso aguçado de oportunidade" frente a nova sigla de Kassab (seu provável destino), soma-se a disputa intestinal pelo comando da sigla que havia entre ele e o Deputado Rodrigo Maia no diretório do Rio.
No futuro próximo, o DEM deve definhar ainda mais, e não se descarta que deverá "fechar para balanço" de forma definitiva.
Quanto ao PSD de Kassab, nota-se um traço comum a todos os ex-DEMos que estão aderindo a sigla: o apoio incondicional a José Serra. Se eles se manterão fiéis a Serra ou tentarão "voos solos" é uma questão que apenas o tempo nos dirá.
O que é inegável é que a direita brasileira enfrenta uma de suas piores crises políticas. Sem projeto e perspectivas, o fim eminente do DEM deverá ser apenas mais um capitulo no processo de depuração e reorganização da direita no país, liquidando de forma definitiva com aqueles que, em outros tempos, diziam que iriam "acabar com a raça" da esquerda.

2 comentários:

Geopolêmica disse...

A direita está em crise também porque só fala em "estado mínimo" incessantemente e a população de nosso país não mais acredita em "prosperidade" advinda da supressão de direitos sociais. Ainda mais num país onde grande parte do povo precisa e muito de um Estado atuante e redistributivo. Só quem "não precisa" do governo defende tais idéias.

ERick disse...

Certamente!
Abraço
Erick