"Elite transfere para Dilma ódio acumulado contra mim", diz Lula

Lula foi preciso e direto como nunca. A onda sistemática de ataques contra Dilma Rousseff neste segundo turno não é fruto do acaso.
Em seu discurso em Ananindeua (PA), nesta quinta-feira (14), o presidente Lula atacou a elite golpista e defendeu Dilma das calúnias e explicou a origem dos ataques. Eles se originam de um ódio profundo de uma elite que à décadas vêm lutando contra tudo que represente um projeto republicano de país.
"Mas eu tenho acompanhado o tipo de acusações que fazem a essa mulher. As acusações que fazem a ela é de uma parte da elite que fazia essas acusações a Ulysses Guimarães em 1974, quando ele foi candidato contra Geisel, contra Tancredo Neves no Colégio Eleitoral(...)Faziam essas acusações a mim, em 1989, faziam em 94, faziam em 2002, faziam em 2006! Aí eu pensei: 'agora acabou, não sou candidato, não vão fazer mais'. Mas estão fazendo contigo o que fizeram com Getúlio, com Juscelino, com João Goulart!".
Lula concluiu afirmando: "Eles estão transferindo pra Dilma o ódio que acumularam contra mim". O líder petista pediu votos para Dilma e Ana Júlia, candidata do PT ao governo do Pará, mas não se esqueceu do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), aliado de José Serra. "Tem presidente que viajava o mundo à procura de um título de doutor honoris causa. Eu já recebi, querida Dilma, mais de 40 títulos de doutor honoris causa. E não fui receber nenhum. Quando eu deixar a presidência, se quiserem me dar o título, eu vou receber", garantiu. "Pra eles, esse negócio de pobre viajar de avião tá enchendo o aeroporto".
Esta quinta-feira marcou o primeiro ato político na região Norte do País de Dilma no segundo turno. No palanque, contou com o reforço do governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner, e dos senadores eleitos Magno Malta, Wellington Dias e Walter Pinheiro.

Com informações do Terra