Obama prorroga por mais um ano bloqueio a Cuba



Mais uma do "nobel da paz". Para aqueles que ainda tinham dúvidas de que Obama, na prática, é um mero continuador da política imperialista adotada pelos EUA. Talvez com efeitos ainda mais nefastos, pois se com Bush se tinha uma truculência inegável, Obama com um véu de "diálogo" pode vender uma ilusão mudancista, mas que efetivamente apenas mantém a mesma política externa que Bush já implementava.

Por Vermelho

O presidente dos EUA Barack Obama anunciou, nesta sexta-feira (3) a prorrogação até setembro de 2011 das sanções aplicadas pela lei do "Comércio com o Inimigo", o que, na prática, significa a continuidade do bloqueio a Cuba.

Segundo informa um comunicado de governo, Obama enviou um memorando à secretária de Estado Hillay Clinton e ao titular do Tesouro Timothy Geithner, em que afirma que "a continuidade, por mais um ano, destas medidas referentes a Cuba são convenientes aos interesses nacionais do Estados Unidos".

A renovação desta lei, que proíbe as empresas norte-americanas de fazer negócios com a ilha, já é uma rotina entre os mandatários da Casa Branca, que sempre a prorrogam anualmente.

O objetivo de tal ato, desde que esta lei entrou em vigor por imposição há mais de meio século, é forçar uma mudança política do regime socialista cubano, buscando submeter a população de Cuba à fome e às doenças.

A lei contra o "Comércio com o Inimigo" data de 1917 e foi aprovada quando os EUA entraram na Primeira Guerra Mundial. Hoje, porém, Cuba é o único país do mundo sujeito às tais sanções, depois que, em 2008, o então presidente George W. Bush decidiu não renovar a lei em relação à Coreia do Norte.

A renovação da ordem é mais do mesmo, pois os presidentes anteriores já tinham feito a anul prorrogação sem cerimônias, assim Obama prossegue, sem mudanças, na mesma linha.

A última extensão expirava no dia 14 de setembro, mas agora o prazo para a "data final" do bloqueio foi postergada para o mesmo dia em 2011, ato repetitivo das últimas administrações.

Esta lei foi usada pelo governo de John Kennedy para impor uma guerra econômica contra Cuba que perdura até hoje.

Durante o encerramento da sessão ordinária da Assembleia Nacional do Poder Popular, em 1.º de agosto, o presidente cubano Raúl Castro advertiu que 'é certo que existe menos retórica e se celebram, ocasionalmente, conversações bilaterais sobre temas específicos e limitados com os EUA'.

'Mas, na realidade, o bloqueio continua sendo aplicado fielmente e nós seguiremos agindo com serenidade e paciência, que aprendemos em mais de meio século", observou o dirigente.

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