Israel barra acesso de Noam Chomsky à Palestina


Enquanto alguns dos analistas das relações internacionais têm por esporte favorito vociferar adjetivos negativos contra o Irã, Venezuela, Cuba e toda e qualquer nação que esteja em contrariedade com os interesses do “norte” (leia-se Estados Unidos e seus aliados europeus), em geral, os mesmos se calam quando países alinhados cometem abusos de toda a ordem.
Israel é sem dúvida um exemplo cabal desta contradição. Reiteradas vezes praticando crimes de guerra contra os povos árabes, detentora de arsenal nuclear e desrespeitando organismos internacionais como a própria ONU, em geral, é favorecida por um amplo silêncio que funciona como legitimador para suas ações arbitrárias.
Neste domingo (15) Israel demonstrou, mais uma vez, a sua face autoritária. O renomado linguista e filósofo americano Noam Chomsky foi impedido de chegar ao território palestino da Cisjordânia, onde o professor deveria realizar nesta segunda-feira (16) uma conferência na Universidade Bir Zeit de Ramala.
Chomsky é conhecido por suas posturas críticas aos Estados Unidos e a Israel, tinha a intenção de atravessar a passagem fronteiriça de Allenby, entre a Jordânia e o território palestino ocupado da Cisjordânia, sob controle das autoridades portuárias israelenses.
Segundo alguns palestinos que passavam pelo local, Chomsky foi interrogado e após ter sua entrada na Cisjordânia negada teve que retornar a Amã.
Ativistas de uma ONG disseram que quando Chomsky perguntou qual era a razão pela qual tinham negado a sua entrada, os funcionários do posto de controle disseram que a razão será enviada por carta aos responsáveis diplomáticos dos EUA perante Israel.
O professor chegou à passagem de Allenby às 13h30 local, e após ser interrogado durante várias horas, partiu de volta para a capital jordaniana por volta das 16h30 local.
Não restam dúvidas de que a proibição da entrada de Chomsky na Palestina se dá por motivos políticos, o que põe em cheque o suposto caráter “democrático” do regime sionista. Assim como não será surpresa alguma que boa parte da grande mídia e dos mesmos analistas “isentos” silenciarão mais uma vez frente a mais um exemplo da truculência israelense.

Com informações da Agência EFE

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