Fogaça flerta com Serra e gera crise na aliança com PDT


A política gaúcha anda tão dinâmica quanto uma partida de poker com cartas marcadas. Desde o final de 2009 até o começo deste ano, houve um verdadeiro impasse nas negociações entre o PMDB e PDT a respeito da composição para uma chapa conjunta para o Piratini. A principal condição colocada pelo PDT para apoiar o ex-prefeito Fogaça ao governo do estado era o apoio deste a candidatura de Dilma a Presidência da República.
Na época, Fogaça insistentemente afirmava que seguiria a "deliberação que o PMDB nacionalmente tomasse", sem jamais, no entanto afirmar categoricamente o seu apoio a Dilma. O PDT, reafirmando o seu compromisso com o projeto nacional, insistiu diversas vezes nesta condição para fechar a chapa. Que após muitas idas e vindas acabou sendo formalizada, com o PDT indicando o vice.
Eis que, na ocasião da visita de Serra pelo Rio Grande do Sul, Fogaça mudou o discurso e afirmou que: "Sou do PMDB do Rio Grande do Sul e vou seguir o PMDB do Rio Grande do Sul, que eu não sei se irá ou não acompanhar a decisão nacional", declarou à Rádio Gaúcha. 
Para completar, o cicerone de Serra no Estado, o deputado Osmar Terra (PMDB) explicou que, segundo ele, é difícil reproduzir a aliança nacional no RS porque PT e PMDB são rivais históricos. "As disputas entre PT e PMDB sempre são muito acirradas. O pessoal daqui precisaria ser muito zen e ter muita meditação transcendental para ficar ouvindo desaforo e ainda pedir voto para o 13".
Agora, como fica esta contradição para os trabalhistas? Após colocar o apoio a Dilma como ponto-chave para a aliança, os sinais de vacilo e, até mesmo, de virada na postura do candidato Fogaça coloca o PDT em profunda contradição. 
Será o PDT firme e coerente em suas posições? Aceitariam permanecer em uma chapa que já demonstra na largada, de que lado está na disputa política de projetos? Ou esperarão o "barco afundar" e ver Fogaça e sua turma cerrar fileiras ao lado de Serra no atrasado projeto entreguista que eles representam? A eminência de uma crise na candidatura da RBS se avizinha...

Um comentário:

Nãoligo disse...

" ser muito zen e ter muita meditação transcendental ", jura, nem com muito tai chi chuan eles conseguiriam!