Ellen Gracie nega HC para furto de R$ 10,95, mas libera quando é um bilhão
Por vezes temos a impressão, ainda que tímida, de que alguma mudança que aponte para uma democratização do poder judiciário é possível, no entanto os obstáculos para isso são imensos e de difícil ultrapassagem.
Mas um pouco de critérios equânimes e justiça social nos julgamentos, principalmente da alta corte, não seria pedir demais. O mínimo de coerência também não.
Afinal, por que será que a balança da justiça está sempre em desiquilíbrio quanto ao poder aquisitivo dos envolvidos em delito?
Acabo de ler uma notícia no Terra que exemplifica muito dessa total falta de critérios. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie negou habeas-corpus a um homem condenado a um ano e seis meses, a ser cumprido em regime semiaberto, por ter furtado cinco blusas infantis no valor total de R$ 10,95.
É isso mesmo, por R$ 10,95 um homem ficará um ano e meio na cadeia. Enquanto Eliana Tranchesi, dona da Daslu, teria fraudado mais de R$ 1bilhão está em liberdade. Isso para não citar o Daniel Dantas.
Será este o critério? Quem supera a marca do bilhão ganha todo o tipo de mordomia e regalia?
São distorções como estas que reforçam o quadro perverso que se encontra o Poder Judiciário brasileiro.
Até quando?
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Um comentário:
Paz e bem!
Já que a Aldeia é Gaulesa
que tal da proxima vez usar uma imagem daqui:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alegoria_da_Injusti%C3%A7a1.JPG
É a alegoria da Injustiça
no túmulo de Plácido de Castro.
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