Obama insiste na escalada armamentista e dobra a Romênia




As autoridades romenas aceitaram a instalação dos mísseis "interceptadores" estadunidenses no seu território, anunciou, dia 4 de fevereiro, o presidente do país Traian Basescu.

Depois de a administração Obama ter desistido em setembro último do polêmico plano de escudo antimíssil, que a equipe do seu antecessor George W. Bush queria instalar na República Tcheca e na Polônia, eis que a Casa Branca recupera o projeto, tendo já obtido a aceitação da Romênia.

Segundo revelou Traian Basescu, "a Romênia foi convidada oficialmente pelo presidente Barack Obama a participar no sistema de defesa antimíssil. (…) Iremos acolher no nosso solo interceptadores terrestres de mísseis balísticos de médio alcance, que deverão estar operacionais em 2015".

A nova administração recuperou também a justificativa do projeto. Tal como Bush, afirma que se trata de proteger as tropas americanas na região e os países da Otan contra "as ameaças atuais e emergentes de mísseis balísticos com origem no Irã", declarou o porta-voz do departamento de Estado em Washington, Philip Crowley.

O presidente romeno fez ainda questão de salientar que "este sistema não está dirigido contra a Rússia", aludindo aos vivos protestos do Kremlin contra o anterior projeto, que considerava mais como uma nova arma apontada ao seu território do que contra uma "ameaça" iraniana.

Contudo, nem as declarações romenas e americanas nem o fato de o dispositivo ficar mais afastado das fronteiras da Rússia evitaram que o governo russo manifestasse a sua desaprovação. "Trata-se de uma questão muito séria que levantaremos junto dos nossos parceiros americanos e europeus", declarou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.

Fonte: Jornal Avante!

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