Fogaça: os vacilos de uma candidatura vacilante




Na edição da última terça-feira (12/01) do “jornal” Zero Hora, na coluna da Rosane de Oliveira, foi noticiado com destaque (com direito a foto central) o retorno das férias do Prefeito-preguiça José Fogaça.
Ainda que tal matéria se preste a uma piada pronta, afinal, todos sabem o “entusiasmo” e a “dedicação” com a qual Fogaça trabalha (sic) no seu mandato, mas não é sobre isto que quero comentar aqui no blog.
Chama a atenção outro tema destacado pela jornalista da RBS que demonstra o ímpeto do virtual candidato da direita para o governo do estado, ao qual reproduzo um trecho abaixo (grifos deste blogueiro)

Fogaça, que em dezembro foi obrigado a antecipar o anúncio de sua candidatura ao governo do Estado, terá de lidar com a ansiedade de seus colegas de partido. Peemedebistas pedem “mais ousadia” do prefeito na articulação de sua campanha e empenho pessoal para a formação de alianças.

A mesma “sagacidade” que o Prefeito-preguiça Fogaça tem demonstrado nestes seus quase 6 anos a frente da Prefeitura de Porto Alegre deverá se repetir ao longo de sua campanha. A bem da verdade, a impressão que dá para quem assiste de longe as movimentações da direita é que Fogaça não queria ser candidato. Muito menos ainda vir a ser governador.
Trocar mais dois anos de tranquilidade e sossego a frente do Paço Municipal, onde conta com amplo apoio midiático, uma Câmara de Vereadores amiga que aprova os seus projetos com facilidade e enterra qualquer pedido de CPI para investigar as diversas denúncias de corrupção que envolveram o seu governo, pode não lhe parecer o melhor dos mundos.
O Prefeito-preguiça Fogaça deve ter feito as contas que, apesar do apoio midiático já estar garantido, a vida na Assembleia não seria tão tranquila, como tem demonstrado o (des)governo Yeda. Sem contar que terá que enfrentar a força dos movimentos sociais, algo que ele nunca vivenciou na prefeitura. Além do grau de complexidade das dificuldades que se encontra o Rio Grande do Sul, onde oito anos de maus governos (Rigotto e Yeda) estão levando o estado para um ponto crítico, bem diferente da situação em que ele encontrou a Prefeitura da capital.
Mas é evidente que o principal motivo desta postura vacilante é o risco de perder as eleições e ficar os próximos dois anos sem mandato, por conta da renúncia do cargo de prefeito para poder concorrer. Este cenário sem dúvida deve lhe dar pesadelos, afinal, desde que se elegeu Deputado Estadual pela primeira vez, em 1979, ele jamais ficou um ano sequer sem mandato.
A ideia de perder as eleições, e com isso a sua vida mansa e, o que seria pior ainda para ele, talvez ter de trabalhar, sem dúvida deve estar tirando o sono do nosso sonolento prefeito/candidato.


Arte do Cartum: Santiago

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