Pode parecer brincadeira, devido a função lúdica do objeto utilizado no esquema, mas infelizmente não é. Não se tem ainda informações precisas a respeito dos valores envolvidos que teriam sido desviados. Mas uma coisa é certa, o silêncio do grupo RBS será gritante!
Abaixo reproduzimos post publicado no Diário Gauche:
Fogaça e a Legolândia de Porto Alegre
Uma história mal explicada, pela direita, claro
Há dois dias um repórter da RBS denunciou na televisão a existência de uma nova fraude aos cofres públicos no RS. A empresa da família Sirotsky está chamando de "Caso dos Brinquedos", porque envolve a compra - sem licitação - de kits robóticos do consagrado brinquedo educativo Lego, hoje, presente em mais de 140 países.
Se o repórter da RBS teve o mérito de colocar um facho de luz sobre o novo escândalo no setor público de Porto Alegre, o mesmo não se pode dizer sobre a própria empresa midiática. Esta tem sido muito econômica, sovina mesmo, nas informações que fornece aos seus clientes/leitores, haja vista que envolve o nome do prefeito José Fogaça, cotado para disputar o governo do Estado em 2010, pelo PMDB, e uma das esperanças da direita sul-rio-grandense para permanecer desfrutando do Palácio Piratini, por mais quatro anos.
Segunda-feira passada quando o programa Jornal do Almoço (RBS TV Porto Alegre) informou que havia uma suspeita de fraude em prefeituras da Grande Porto Alegre, foram citados vários prefeitos, alguns deles foram entrevistados, e o prefeito Fogaça sequer foi mencionado. Em seu lugar, dizendo três ou quatro palavras, apareceu a secretária de Educação, Cleci Jurach, que não tem nada a ver com o peixe podre, uma vez que a compra da robótica Lego foi realizada na gestão de sua antecessora, a professora Marilu Medeiros - ambas indicadas pelo PDT, do vice-prefeito José Fortunatti.
Conforme expressão corrente nos noticiários da RBS, houve uma deliberada "blindagem" do prefeito Fogaça por parte das editorias de jornal, rádio e tevê. A intenção política certamente é a de preservá-lo no formol midiático rebessiano para que ele chegue "descontaminado" (outra expressão da vulgata do sirotskysmo de resultados) à feira eleitoral de 2010, capaz de trazer um novo ânimo à direita sulina, nestes tempos lamacentos do yedismo de fracassos.
Amanhã, aqui neste blog DG, nós contaremos mais deste palpitante assunto que envolve o prefeito Fogaça, as maletas do Lego, a Microsoft, o Linux, os computadores Dell, carregadores de pilha, banheiros químicos, a orquestra de flautas da Escola Villa-Lobos e muito mais.
Acima, fac-símile da matéria (sovina e sherlockiana) publicada hoje porZH, sobre o "caso dos brinquedos". Para a RBS, tudo é velado e sherlockiano, em se tratando de seus preferidos na política guasca.
Um comentário:
Isto aí é muito engraçado!
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