A Operação Rodin, que investigou a existência de uma fraude milionária no Detran gaúcho, continua rendendo frutos. Na sexta-feira, a Polícia Federal confirmou o indiciamento de nove pessoas (cujos nomes não foram divulgados) por envolvimento em irregularidades no contrato de execução do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) em Porto Alegre. O inquérito da Polícia Federal foi instaurado no dia 20 de novembro de 2007, a partir de informações e documentos apreendidos na Rodin. Segundo as investigações, o contrato do Projovem, que deveria ser executado pela Fundae (também envolvida na fraude no Detran), foi repassado a uma empresa privada, caracterizando fraude em licitação. O valor do contrato foi de 10,3 milhões de reais entre os anos de 2005 e 2007.
No dia 15 de maio deste ano, o Ministério Público informou que as investigações sobre a fraude no Detran tinham produzido dois filhotes: uma investigação sobre os contratos da Fatec com a Anatel e outra sobre o Projovem, em Porto Alegre. Segundo o MPF anunciou na época, dos mais de R$$ 11 milhões que a prefeitura da capital recebeu do governo federal, cerca de R$ 10 milhões teriam sido repassados a Fundae, contratada sem licitação para operá-lo. A Fundae, por sua vez, teria contratado a Pensant Consultoria, de modo similar ao que ocorreu no Detran.
Na época, o responsável pela aplicação dos recursos do Projovem em Porto Alegre era Mauro Zacher, secretário da Juventude na prefeitura da capital. Após as denúncias de irregularidades na execução do programa, Zacher deixou a Secretaria da Juventude e reassumiu sua cadeira na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
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