Alemanha fará deportação em massa de ciganos
Cerca de 14 mil pessoas serão deportadas nos próximos anos pela Alemanha para a região de Kosovo, a grande maioria delas, 9,8 mil, são ciganos da etnia rom. Os deportados são de origem iugoslava e emigraram para a Alemanha durante o esfacelamento conduzido pela Otan do país balcânico.
Para o partido Die Linke (A Esquerda) e a organização não-governamental Pro Asyl a deportação fará com que os ciganos se transformem em vítimas de preconceito no Kosovo.
O acordo de deportação será fechado ainda este ano. O governo alemão alega que estão sendo observados os "aspectos humanitários" da deportação em massa, já que eles não serão deportados "todos de uma vez".
O Die Linke criticou energicamente a deportação. "Kosovo é uma região onde as minorias étnicas são amplamente discriminadas e perseguidas", afirmou a deputada Ulla Jelpke. A deportação seria contra o direito fundamental à dignidade humana.
Para Bernd Mesovic, da Pro Asyl, uma vida na miséria aguarda os rom no Kosovo. Mesovic alertou para a discriminação de que essas pessoas serão vítimas na região. Além disso, argumentou, o governo local não teria condições de integrar os refugiados na sociedade devido à alta taxa de desemprego.
Segundo a agência de notícias alemã Deutsche Welle, a deportação criaria um problema para as autoridades kosovares, já que as autoridades instaladas pela Otan não podem oferecer moradias nem empregos.
"Além disso, muitos deles vêm de classes sociais empobrecidas e com pouco acesso à educação e não podem contar com o apoio de parentes", afirma a agência.
Na região de Kossovo há três grandes centros destinados aos ciganos da etnia rom, ao norte da cidade de Mitrovica. Os três estão no limite de sua capacidade. Dois deles ficam localizados nas proximidades de uma antiga fundidora de chumbo e é possível que estejam sobre solo contaminado.
Com informações da Deutsche Welle
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