Militantes da Juventude do PT de Porto Alegre
estiveram ao meio-dia desta sexta-feira, 23, na
Esquina Democrática realizando ato contra as recentes
denúncias de corrupção envolvendo a Secretária de
Juventude da Prefeitura. Foram distribuídos panfletos
à população cobrando explicações do Prefeito Fogaça
pela saída do secretário Mauro Zacher, que deixou a
pasta assim que o escândalo estourou. A suspeita recai
sobre a aplicação do Pró-Jovem na cidade.
O secretário de Juventude do PT de Porto Alegre, Erick
da Silva destacou em sua fala no ato que "Fogaça já
era conhecido da população pela incompetência de seu
desgoverno, agora se revela a outra faceta do governo,
que é a da corrupção". O ato ainda contou com a
presença dos vereadores Marcelo Danéris, Sofia
Cavedon, Adeli Sell e Margarete Moraes.
A Secretaria Municipal de Juventude recebeu mais de R$
11 milhões do Governo Federal para a execução do
Projovem, dos quais R$10,3 milhões teriam sido
repassados a Fundae (aquela mesma envolvida no caso Detran), contratada sem licitação para operar o programa. Por sua vez, a Fundae teria contrato mais outra empresa envolvida na fraude no Departamento Estadual de Trânsito, a Pensant Consultoria para
terceirizar os serviços. Agora as duas já investigadas por lesar aos cofres públicos em nível estadual estão na mira da Polícia Federal por mal versar recursos do
Pró-Jovem em Porto Alegre.
O cargo do secretário foi entregue ao Prefeito Fogaça que até agora não manifestou nenhuma palavra a respeito do escândalo. O site da Prefeitura publicou uma nota informando que o secretário se afastaria por “um curto espaço de tempo” para assumir a vaga de
vereador e “fazer um balanço do programa”. No Brasil inteiro o Pró-Jovem auxilia na educação e formação profissional de 467 mil jovens de 15 a 24 anos em situação de risco social.
As suspeitas ainda envolvem as eleições do Conselho Tutelar, O Ministério Público solicitou a impugnação de 22 conselheiros tutelares (17 titulares e 5 suplentes), eleitos em setembro deste ano, apontando irregularidades como entrega de propaganda em locais de votação, vínculos com cultos religiosos e formação de chapas. Os cinco candidatos mais votados nesta eleição têm relação direta com Mauro Zacher, que se suspeita tenha utilizado máquina pública para
favorecer comparsas e cabos eleitorais em 2008. O vereador Adeli Sell entregou a Polícia Federal na semana passada um dossiê sobre o caso.
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