Segundo integrantes do governo, estima-se que o custo total do projeto, doado à UNE pelo arquiteto Oscar Niemeyer, fique próximo dos R$ 40 milhões. Está prevista a construção de um centro cultural e de um prédio de 13 andares.
Para não carimbar a doação como um ato de governo, a idéia é estimular uma ação suprapartidária: parlamentares de diferentes partidos apresentariam uma emenda ao Orçamento de 2008 prevendo esta verba para a UNE. Mas o governo quer condicionar a doação a uma renúncia, por parte da UNE, de entrar com ação contra a União pedindo algum tipo de ressarcimento pelo que houve no passado.
O prédio da UNE na praia do Flamengo, no Rio, foi entregue aos estudantes em 1942 pelo presidente Getúlio Vargas. Após a deposição do presidente João Goulart, a sede foi incendiada no dia 1º de abril de 1964 e demolida em junho de 1980, no governo de João Baptista Figueiredo. O local virou um estacionamento. Em 1994, a entidade obteve do então presidente Itamar Franco a escritura do terreno, mas uma série de disputas judiciais estendeu até o início deste ano a briga pelo espaço.
Na noite de 31 de outubro, dirigentes da UNE foram recebidos por Lula no Planalto e pediram apoio para reconstruir a sede. Lula deu-lhes a garantia de que os ajudaria a tirar o projeto da gaveta.
Na reunião de coordenação política do governo, surgiu a idéia de engajar parlamentares e garantir parte das obras com dinheiro do Orçamento. O governo entende que não será difícil angariar apoio ao projeto, já que muitos políticos têm ligações com a UNE.
No dia 28 deste mês, a UNE lança a campanha "Nosso apoio é concreto", para levantar recursos à obra. O lançamento da campanha será na churrascaria Porcão, em Brasília. Os convites serão vendidos a R$ 500 ou R$ 1.000.
Com informações da Folha Online
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