Em um artigo bastante elucidativo, José Luís Fiori coloca os limites que se apresentam para a sucessão presidencial nos EUA em 2008.
" Depois do governo Clinton, com a eleição de George W. Bush (o filho), e com os atentados de 2001, a política externa do governo americano adotou, de fato, uma nova retórica, mais militarista e belicista. Mas a estratégia imperial do estado americano já vinha de antes, e se manteve a mesma, desde o fim da Guerra Fria, apesar das eleições e da alternância dos governos democratas ou republicanos. Nestes dezessete anos, esta estratégia imperial acumulou vitórias, mas também teve fracassos e vem enfrentando problemas cada vez maiores para seguir se expandindo e para “gerir” o poder global que já acumulou desde o fim da Guerra Fria. As derrotas e dificuldades dos últimos anos, no Afeganistão e no Iraque, não são um sintoma do “fim” do poder ou da hegemonia americana, mas explicitam os limites e as contradições estruturais de uma estratégia que vai gerando resistências, na medida em que avança e expande seus instrumentos, e seus espaços de poder.
Do ponto de vista “vertical”, está cada vez mais difícil para os Estados Unidos, “manter a ordem” e impor suas posições dentro dos territórios “periféricos”: mais de cem estados nacionais que nasceram da desmontagem do sistema colonial europeu, na segunda metade do século XX, com o apoio, em muitos casos, dos próprios Estados Unidos. Alem disto, do ponto de vista “horizontal”, foi a estratégia expansiva dos Estados Unidos que incentivou – em grande medida -a transformação asiática que hoje lhe escapa ao controle.(...)
Basta analisar os programas dos principais candidatos democratas e republicanos às eleições presidenciais de 2008, para perceber que a “velha” estratégia imperial se mantém de pé, integralmente."
Para ler o artigo na integra é só acessar aqui
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