Nisso, os seus corriligionários fizeram uma forte investida em busca dos votos dos camelôs, prometendo um tratamento "diferente" do que vinham tendo da administração municipal. Hoje, o que vemos é algo muito distante disso. Já há alguns dias temos vistos cenas de conflitos na capital que eu pelo menos jamais imaginaria ocorrer em Porto Alegre. Cenas que costumavamos apenas a ver pela TV nos conflitos envolvendo os ambulantes e perueiros em São Paulo (que não por acaso é administrada pela mesma turma que está na administração por aqui.)
Abaixo segue uma boa análise destes acontecimentos publicado blog RS Urgente:
O Centro de Porto Alegre virou uma praça de guerra. A um ano da eleição municipal, o prefeito José Fogaça decidiu iniciar a construção do camelódromo e declarar guerra aos camelôs. Nas últimas semanas, para pavor da população que circula pelo centro da cidade, praticamente todos os dias há brigas entre camelôs, fiscais da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio e brigadianos. O clima de diálogo e negociação, uma das condições para que o projeto do camelódromo funcione, foi para o espaço. Nesta sexta, inicia a Feira do Livro, que está localizada justamente no território em conflito. Passados três anos da atual administração, a anunciada revitalização do centro segue no papel. O programa de governo de Fogaça prometia: “os atuais camelôs serão transformados em microempresários com a formalização de suas atividades, que lhes darão acesso ao micro-crédito e a cursos de qualificação profissional”.
A batalha campal, no início da noite de ontem, teve direito a tiros de espingarda para o alto e feridos. O problema dos camelôs, como se sabe, é antigo e comum à maioria das grandes cidades brasileiras. A repressão pura e simples tem se mostrado totalmente ineficaz para resolver o problema, por mais que setores da sociedade clamem por ela. Na outra ponta desse comércio, há uma poderosa e ramificada indústria que produz sem cessar as mercadorias comercializadas pelos camelôs. E no meio dele há o tema do trabalho informal e da falta de alternativas para oferecer aqueles que adotam o comércio de rua como meio de sobrevivência. Há quem ache que se trate, fundamentalmente, de um caso de polícia. No entanto, cassetetes, balas e safanões vêm se revelando uma política fracassada. As cenas dos últimos dias, no centro da capital gaúcha, mostram isso mais uma vez.
A batalha campal, no início da noite de ontem, teve direito a tiros de espingarda para o alto e feridos. O problema dos camelôs, como se sabe, é antigo e comum à maioria das grandes cidades brasileiras. A repressão pura e simples tem se mostrado totalmente ineficaz para resolver o problema, por mais que setores da sociedade clamem por ela. Na outra ponta desse comércio, há uma poderosa e ramificada indústria que produz sem cessar as mercadorias comercializadas pelos camelôs. E no meio dele há o tema do trabalho informal e da falta de alternativas para oferecer aqueles que adotam o comércio de rua como meio de sobrevivência. Há quem ache que se trate, fundamentalmente, de um caso de polícia. No entanto, cassetetes, balas e safanões vêm se revelando uma política fracassada. As cenas dos últimos dias, no centro da capital gaúcha, mostram isso mais uma vez.
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