Fidel Castro se torna colunista da revista 'Caros Amigos'

Assim como a publicação, a coluna será mensal e vai tratar de assuntos variados. No texto de estréia, Fidel comenta dos atletas cubanos que desertaram de Cuba durante os Jogos Pan-Americanos, realizados no Rio de Janeiro.

Segundo Thiago Domenici, secretário de Redação da revista, os textos - apesar de não serem escritos com exclusividade para a Caros Amigos - serão publicados com a autorização direta do presidente cubano.

"Fidel Castro sempre publica textos em vários jornais cubanos e também na internet. A partir de uma amiga nossa que está em Cuba, recebemos a autorização do próprio Fidel para que reproduzíssemos estes textos e ele passasse a ser nosso colunista", explicou Domenici ao Portal Imprensa.

Ainda de acordo com o secretário, o presidente cubano conhece bem a revista. "Já entregamos a ele exemplares da Caros Amigos", disse Domenici. "Ela não é uma publicação desconhecida em Cuba."

Histórias da pátria

A partir desta quarta-feira (15), segundo o Granma, Fidel também começará a publicar "uma ampla e profunda reflexão" sobre "fatos muito importantes e decisivos" de Cuba. O interesse da iniciativa é que "fatos muito importante e decisivos da História da Pátria sejam conhecidos pelas novas gerações", destacou o jornal cubano.

O texto se intitulará "O império e a ilha independente" e, dada a extensão das reflexões, será publicado por partes. "A pedido do autor será publicada uma pequena parte inicial em duas colunas da primeira página do Granma e do Juventud Rebelde, como porta-vozes do Partido e da Juventude e o resto em duas páginas interiores, nos dias 15, 16, 17 e possivelmente no 18" de agosto", informou o jornal.

A informação foi divulgada um dia depois de Fidel completar 81 anos. Na segunda-feira, o aniversário de Fidel foi comemorado com festas populares e mensagens de organizações de massa, assim como com a exibição de documentários e filmes que recordaram a vida política e a história pessoal do presidente.

Fidel passou por cirurgias no final de julho de 2006 para deter uma hemorragia intestinal - motivo pelo qual transferiu seu cargo ao irmão Raúl Castro, até então vice-presidente.

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