Com neoliberalismo taxa de sindicalização no Brasil caiu cerca de 18%

A taxa de sindicalização no Brasil caiu cerca de 18% entre os anos de 1992 e 2002. A informação consta em estudo divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros (Sindeepres). A pesquisa foi coordenada pelo economista Marcio Pochmann, com base em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
As privatizações no setor público, a terceirização de serviços e a internacionalização do setor privado contribuíram para a diminuição do número de filiados nos sindicatos brasileiros, no período em que o país adotou políticas de cunho neoliberal. Entre 12 países analisados, o Brasil teve a maior queda, seguido por Japão, Coréia do Sul e Taiwan. Países como China, Turquia e Noruega tiveram aumento na taxa de sindicalização.
Entre as regiões brasileiras, o Norte e o Nordeste tiveram aumento no número de trabalhadores sindicalizados. Já a região Sul registrou a maior diminuição, de 8,6%. De acordo com a pesquisa do Sindeepres, fatores como o crescimento do desemprego e novas formas de contratação de mão-de-obra contribuíram para alterar a taxa de sindicalização urbana, enquanto o avanço da crise na agricultura familiar comprometia o associativismo rural.
Por outro lado, o estudo destaca que, entre 1999 e 2005, a taxa de sindicalização no Brasil cresceu 14,3%. Enquanto o setor industrial registrou queda, o comércio teve aumento na taxa de sindicalização. A pesquisa também aponta que as mulheres e os trabalhadores rurais estão mais propensos ao associativismo.
Entre 1999 e 2005, houve expansão de 13,7 milhões de novos ocupados, sendo que, destes, 4,2 milhões se sindicalizaram.

Um comentário:

Daniel Pearl Bezerra disse...

Aos amigos, sou editor do blog DESABAFO PAÍS (tendência esquerda)e solicito a divulgação do novo vídeo chamado UM GRANDE VENCEDOR, homenagem ao presidente LULA. O endereço do YuoTube é:
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Um abraço, DANIEL PEARL.