As ações do Facebook foram lançadas sexta-feira a 38 dólares cada e nas três primeiras sessões perderam quase 20% do seu valor.Mais uma fraude financeira?
As autoridades judiciais americanas receberam quarta-feira queixas de investidores que se consideram lesados pela forma como a rede social Facebook entrou em bolsa. Acusam os bancos Morgan Stanley, Goldman Sachs e a própria empresa de terem omitido informações sobre o real valor da rede social enquanto ocorria a oferta pública que marcou a entrada em bolsa.
Os bancos que apoiaram a entrada em bolsa do Facebook reviram em baixa as suas previsões dos resultados da empresa dias antes da operação, mas só avisaram alguns grandes investidores.
As ações do Facebook foram lançadas sexta-feira a 38 dólares cada e nas três primeiras sessões perderam quase 20% do seu valor até um mínimo de 31 dólares terça-feira, com os investidores a temer que a empresa tivesse sido sobrevalorizada. Quem comprou as ações no lançamento, apostando que iriam subir, perdeu dinheiro.
A autoridade reguladora das bolsas norte-americanas já disse que o Morgan Stanley poderá ter de responder pelas informações fornecidas sobre o valor do Facebook. O banco garante que respeitou todas as regras.
A emissão das ações do Facebook ficou também marcada por problemas técnicos no índice do Nasdaq que impediram a normal flutuação do mercado no dia do lançamento, sexta-feira. Os investidores no Facebook ficaram sem saber se as suas ordens de compra e de venda estavam ou não a ser realizadas.
Os investidores afirmam que os bancos esconderam dos investidores "uma grave e pronunciada redução" nas previsões dos ganhos.
O comité bancário do Senado também anunciou que vai fazer a sua própria investigação.
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