A culpa é do Odone


Havia dito para mim mesmo que não iria comentar a desclassificação prematura do Grêmio na Libertadores de 2011, mas após ler algumas notícias relacionadas ao pós-jogo e seus desdobramentos me senti provocado, ou melhor, convocado a falar a respeito.
A desclassificação do Grêmio tem sim um culpado, ele se chama Paulo Odone.
O Grêmio passa, já faz algum tempo, por uma grave crise de direção. Não no sentido de falta de "comando", mas sim de incompetência mesmo. A ultima gestão, do Duda Kroeff foi lamentável, foi tão ruim que ele nem teve coragem de disputar a reeleição. Mas, infelizmente, para o seu lugar foi eleito o Deputado Estadual (PPS) Paulo Odone. Odone, que tem sim uma inegável história no time do Grêmio, tem se demonstrado muito mais um "animador de torcida" do que propriamente um presidente de um clube com a grandeza e dimensão do Grêmio.
Existe uma visível falta de planejamento e estratégia. Se, por um lado, acertaram ao manter o treinador Renato Portaluppi a frente da equipe, erraram ao acreditar que o time que conseguiu a heróica classificação para a Libertadores, terminando em 4º colocado no Brasileirão de 2010, por outro, erraram ao acreditar que a equipe estava pronta e não precisava de reforços.
Odone errou ao apostar todas as suas "fichas" na contratação do Ronaldinho Gaúcho, que acabou por se converter em um grande papelão e inabilidade da direção tricolor. Erraram ao permitir que o goleador do brasileirão, o atacante Jonas, sai-se praticamente de graça do clube, e o que é pior, não contrataram absolutamente ninguém para a sua posição. Até mesmo na defesa, onde a equipe perdeu o bom zagueiro Paulão, não foram feitas reposições adequadas.
Em resposta a esta situação,o quê Odone e o restante da direção tem afirmado repetidas vez, quase que como um mantra? Que tudo no Grêmio se resolve na "superação", na "garra" ou ainda, em uma mítica "imortalidade". Esses fatores existem de fato, mas por si só não ganham campeonatos, apenas de forma excepcional. E, como o próprio nome já diz, excepcionalidade é uma exceção, não uma regra.
Como torcedor espero tempos melhores, mas, o maior problema do Grêmio é que, enquanto tivermos um presidente do clube com o perfil do Deputado Paulo Odone, mais preocupado em angariar votos para sua reeleição do que com o futebol do Grêmio, nunca voltaremos a ter uma equipe habilitada a disputar grandes títulos nacionais e internacionais como o Grêmio sempre fez em sua história de glórias. Imortalidade se faz com bons times e não apenas com discurso.

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