Entre assédio e pistolas
As hordas conservadoras gaúchas vivem um momento crítico e de profunda crise de lideranças. Ou o que explicaria que Fogaça, a "grande" alternativa da direita para impedir a vitória de Tarso, tenha como candidato a vice o deputado Pompeo de Mattos?
Para saber um pouco quem é o Pompeo, dois episódios definem bem o perfil do pretendente ao Piratini. Em 2004, quando na época presidia o PDT do RS, o deputado se envolveu em um grave escândalo de assédio sexual. Acusado pela Juliana Brizola (neta do Leonel Brizola e atualmente vereadora em POA), que na época era funcionaria do partido, o escândalo gerou a renúncia de Pompeo da presidência da sigla e rendeu a ele a eterna inimizade de Brizola, que morreu sem fazer as pazes com o deputado.
Outra marca definidora do perfil do Pompeo foi sua atuação durante o debate do referendo do desarmamento, realizado no Brasil em 2005. Naquela oportunidade, Pompeo foi um dos mais ativos parlamentares a compor a chamada "bancada da bala", onde foi o tesoureiro da frente parlamentar formada em defesa do porte de armas. Importante lembrar que o Brasil é o país onde mais se mata com armas de fogo no mundo, e que a política de desarmamento é comprovadamente eficaz para reverter este quadro. Para Pompeo isso é irrelevante!
Não é de estranhar que na campanha, tenha cabido a Pompeo fazer o chamado "serviço sujo" para Fogaça. Dele tem partido os ataques mais desqualificados contra o PT e a candidatura Tarso. Assim como não é de estranhar que, com este vice, a candidatura Fogaça não consegue empolgar nem mesmo os filiados e simpatizantes do PDT, onde muitos já aderiram a campanha de Tarso Genro.
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