Tarso rebate FHC e diz que PT só tem a ganhar na comparação entre governos



Agência Estado

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem legitimidade para participar do debate político em torno da sucessão presidencial e também para fazer comparações entre o governo dele e o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É bom para nós que ele (FHC) compare as duas administrações. Esse debate nos interessa", disse Tarso, convicto de que a gestão petista foi infinitamente superior a dos tucanos.


Em artigo publicado ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo, Fernando Henrique criticou a estratégia adotada pelo governo Lula para vencer as eleições de outubro, segundo ele, de criar inimigos a enunciar inverdades. "Se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa", afirmou o ex-presidente, no texto.



Tarso participou hoje de assinatura de convênio com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para incluir a segurança pública no programa de cursos superiores de tecnologia do Ministério da Educação (MEC). O objetivo, de acordo com Tarso, é qualificar os profissionais de segurança pública de todo o País.


O ministro da Justiça deixará o cargo na quarta-feira para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul. Ele disse que deixa como marca da sua administração o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) que, segundo Tarso, "mudou o paradigma da segurança no Brasil".

Um comentário:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Este debate tem de ser franco e sem cinimo e hipocrisia. A verdade verdadeira -- se é que ela existe -- é que um governo complementou o outro e o futuro governo quer seja Serra ou Dilma vai complementar o de Lula. Pena que o Brasil ainda não é o Chile que suplantou de vez o debate ideológico, mas um dia breve chegaremos a este ponto, como acontece em todos os países socialmente desenvolvidos. Serra e Dilma fazem parte do mesmo campo político ideológico, mas Serra leva uma grande vantagem num quesito importante: não está atrelado ao reacionarismo e às truculências do círculo bolivariano. É desses que o Brasil tem de se afastar.