O presidente Obama, em discurso em Oslo, na oportunidade em que foi laureado com o Nobel da paz, defendeu o uso da guerra como instrumento de paz. Ele declara isso, logo após ter enviado mais 30 mil soldados americanos para o Afeganistão em um intrincado conflito herdado do Bush, e que aparentemente Obama aceitou o presente de bom agrado.
O que vemos, na verdade é a reiteração do ideário belicista estadunidense onde eles se reservam ao direito de matar ao redor do mundo sem respeitar a nenhum tratado ou mecanismo multilateral de decisões.
Sempre com a desculpa de preservar a "paz" e a "democracia" ou qualquer outro subterfúgio da ocasião.
Me parece que a questão de fundo desta aparente “mudança” de discurso do Obama com relação a guerra é uma tentativa de recuperar apoio interno junto a setores conservadores, mesmo que para isso ele venha a perder boa parte dos setores que o apoiaram na expectativa de mudanças desta política belicista.
Para o Nobel da paz, não importa quantos morrerão nessa empreitada, afinal "estamos em guerra, e sou responsável pelo envio de milhares de jovens americanos para lutarem em um país distante" colocou ele em seu discurso. “Alguns vão matar, outros vão morrer" completa Obama em uma obviedade sínica, lembrando a genialidade do seu antecessor Bush.
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