Minc rebate truculência e estupidez de governador do Mato Grosso do Sul


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta quarta-feira (23) que o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, deve “examinar e tratar com mais carinho o homossexualismo que existe dentro dele próprio e talvez aceitar isso com mais razoabilidade”. A declaração foi uma resposta às afirmações feitas por Puccinelli nesta terça (22), de que Minc é “veado e fumador de maconha” e de que seria “estuprado em praça pública”.

Para Minc, que participa de um evento sobre "Proteção de Florestas Tropicais do Brasil", o governador de Mato Grosso do Sul sofre de desequilíbrio “ambiental” e “patológico”.

“Freud explica que muitas pessoas que têm o homossexualismo enrustido tentam matar o homossexual que há dentro dele próprio. Eu sou um defensor conhecido dos direitos dos homossexuais contra todos os preconceitos. Agora acho que o povo e os tribunais têm de julgar se ele está apto para exercer o governo do Estado”, argumentou.

“Na verdade ele professou um estupro ao Pantanal e um estupro a ele próprio.

São os eleitores e naturalmente os tribunais que vão julgar se uma pessoa com esse nível de desequilíbrio está apta para exercer o governo do estado. Eu próprio não vou processá-lo porque eu trabalho com ideias políticas”, salientou.

O governador havia dito, durante encontro com empresários, que se Minc participasse da Meia-Maratona Internacional do Pantanal, que será realizada no dia 11 de outubro, sairia da corrida como vencedor. "Porque senão eu [Puccinelli] o alcançaria e ele seria estuprado em praça pública".

Na terça (22), André Puccinelli chegou a pedir desculpas pelo 'tom de ofensa' atribuído ao ministro do Meio Ambiente. Em nota, o governo de Mato Grosso do Sul lamentou a "conotação ofensiva atribuída às declarações" e disse que “quaisquer desdobramentos alheios devem ser entendidos como inapropriados e, se gerarem ofensa ao ministro Carlos Minc, o governador André Puccinelli ratifica suas desculpas”.

Antes do pedido de desculpas, Minc já havia rebatido as críticas, dizendo que o governador "é um truculento ambiental que quer destruir o Pantanal com a plantação de cana-de-açúcar". O ministro acrescentou que a declaração de Puccinelli "revela o caráter" dele.

Maconha

No feriado prolongado de 7 de Setembro, o ministro Carlos Minc fez uma defesa da descriminalização do uso da maconha durante um show de reggae da banda maranhense Tribo de Jah, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. O vídeo, com pouco mais de três minutos, foi parar no YouTube.

Na gravação, ele começa sua fala defendendo a natureza. “Vamos defender a Amazônia. Não vamos deixar queimar a Amazônia. A gente conta com os seringueiros, com os castanheiros, com as nações indígenas e com a consciência da rapaziada”, disse. “Vamos defender o cerrado, a caatinga, a Amazônia, a mata atlântica e o reggae. O reggae é a liberdade”, afirmou o ministro.

Em seguida, Minc defende a descriminalização da maconha sem citar a palavra. “Outro recado. Ontem [sábado 5] a gente venceu, 3 a 1 na Argentina. Só que tem outro placar [em] que a gente está perdendo da Argentina. Os juízes [do país vizinho] descriminalizaram. O usuário não é criminoso. E esse jogo a gente está perdendo aqui. Nós vamos virar esse jogo, acabar com a hipocrisia”. Foi aplaudido pela plateia.

O ministro se referia à nova política sobre o consumo de maconha no país vizinho, que deixou de criminalizar o usuário da droga.


Fonte: Do G1

Um comentário:

elektrofossile disse...

Os povos do mato-grosso não merecem o governador que têm. Eu tenho um primo que é da UDR de lá. Azar. Mas tem muita gente legal nos Matto Grosso.