A "imparcialidade" da mídia foi para o espaço

A nossa mídia, sempre tão zelosa em "Fazer-de-conta" que é democrática e imparcial, anda cada vez mais dispudorada dessas amarras.
Provas não faltam disso, como as recorrentes manipulações de manchetes e inversões de pautas. A forma como o Governo Lula é apresentado por um lado, sempre de forma dura, crítica e distorcida, e de outro, a forma condecendente, amigavel e louvatoria com que retratam os diferentes governos de direita no país. Com especial carinho para o governo de São Paulo e seu "salvador da pátria neoliberal" José Serra.
A RBS, maior monopólio midiatico do sul do país já tem candidato a Presidente da República, isso já é notório pelas reitereadas vezes em que é "cavada" noticias envolvendo o "chefe" da trupe paulista.
A tendêndia é a coisa ficar ainda mais escancarada nos próximos meses. A denúncia da manipulação aberta que vai ocorrer torna-se ainda mais imperiosa.
Acima, foto publicada em grande destaque na ZH, onde é trocado afagos entre o dono da RBS com o seu candidato, recebendo prêmio de Personalidade da Comunicação, concedido pelo 12º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa.
Não deixa de ser ironico, um premio para a mídia corporativa, pelo menos eles já se reconhecem como tal, afinal, democracia passa longe no corporativismo dessa turma.

5 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Serra neoliberal, da onde cara pálida? Serra não tem nada de neoliberal. Quem diz isso é quem não entende bulhufas de liberalismo. Aliás, absurdo num pais como o Brasil que necessita e muito do serviço público achar que a iniciativa privada pode cuidar de tudo. O Estado tem sim que fazer parceria com a iniciativa privada mediante permissão, concessão etc. Mas isso está muito longe de ser neoliberalismo.... O governo do PT faz isso, e é neoliberal? Outro fato interessante ocorreu na aquisição da BrT pela OI. O que Lula fez? mudou a lei de FHC que impedia que uma mesma empresa de telefonia fixa pudesse atuar em mais de uma região. E o FHC é o neoliberal? Sabe por que o Brasil patina, porque a gente fica nesse blá, blá, blá imbecil de achar ou que tucano é o máximo e petista é o fim da picada e vice versa. TEmos que ir além da masturbação ideológica e partidária. Please.

ERick disse...

O relativismo é uma das piores marcas que a pósmodernidade nos brinda.
Democraticamente respeito a suas opiniões, mas discordo completamente de todas elas. Esse relativismo de achar que tudo é igual, gera mais confusões do que soluções e leva a uma pasteurização extremamente desorganizadora e fortalece o sentimento de resignação tão em voga nestes tempos.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Não estou dizendo que tudo é igual, pois não é. Estou dizendo que tudo é relativo. O dualismo, o maniqueísmo é o discurso da mediocridade, como se o importante processo da dialética fosse sempre radical. Não é. Existe sempre o meio termo. OU diversos meios termos. A pós modernidade é mesmo fascinante.

ERick disse...

Então meu caro
Realmente tu estas apenas a confirmar as minhas piores expectativas. Essa visão relativista, onde certezas não existem e só existe um imenso oceano de dúvidas e incertezas não deixa de ser um retorno a uma visão filosófica de mundo resignada e paralisada. Pois ao não se ter certeza sobre nada que o cerca, se dá lugar apenas a duvidas e mais duvidas que levam a lugar algum. Perguntas como o que é bom ou ruim? O que é certo ou errado? Quem oprimi e quem é oprimido? Existe opressão? E mais um catatau de relativismos que levam do nada a lugar algum. Tal discurso é muito adequado para legitimar uma visão de mundo continuista do status quo dominante. Onde ao se relativisar por completo todas as relações sociais, nada mais passa ser questionado, e ao não ser mais questionado, passa a ser aceito e legitimado por decorrência.
É uma visão sofisticada do conservadorismo político. Onde livrando-se de um discurso mais “acalorado” dos velhos liberais, se renova uma visão de mundo onde a maioria das pessoas são oprimidas e excluídas da mesma. Mas o que são os pobres para alguém onde tudo é relativo? Será que eles existem mesmo?

Carlos Eduardo da Maia disse...

Os pobres existe, Erick, e eles têm de ser incluídos na cidadania, no mercado e na qualidade de vida. E essa luta não é pelo simplorismo bipolar, dos explorados contra os exploradores, mas de integração e inclusão. Pense bem, Erick, a quem interessa a pobreza?