Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral faz a campanha "Olho nele" na mídia para conscientizar o eleitor sobre a importância do exercício da cidadania, o vereador Nélson Gasperin, do PT de Alto Feliz, no Vale do Caí, sofre processo por difamação por ter dito numa sessão da Câmara Municipal, no ano passado, que "a gente tem que abrir o olho". A ação é movida pelo empresário caxiense e presidente do PSDB no município, Ireno Antonio dos Reis, que cobra uma indenização por danos morais.
Gasperin proferiu a frase, devidamente registrada em ata, durante um debate entre os vereadores acerca da aprovação do projeto enviado pelo prefeito Paulo Mertins de renovação por um novo período de cinco anos do contrato de utilização de um prédio da prefeitura no Distrito Industrial pela fábrica da Imobras Indústria de Motores Elétricos, da qual Ireno é diretor. O escritório comercial, com sala de exposições de motores, fica em Caxias do Sul, onde o empresário reside. Segundo o site moderno e trilingüe da empresa - http://www.imobras.ind.br/ -, a Imobras tem representantes em vários estados do país e exporta para a América Latina.
Além do petista, o caxiense também acionou o vereador Mário Winter, do PDT, que igualmente questionou os incentivos renovados e relatou uma discussão que havia travado com o empresário. O advogado Décio Franzen já entrou com uma representação em defesa dos dois acusados junto à juíza Marisa Gatelli, da Comarca de Feliz.
"Fiquei muito surpreso, pois estava cumprindo o meu papel de vereador, fiscalizando os contratos da Prefeitura, já que o poder público renovou uma concessão por mais cinco anos para uma fábrica de um empresário de outro município", destaca Gasperin. O vereador cita a experiência do empresário local Roque Lenger, proprietário da Malharia Vini, que utilizou um prédio público por igual período. "Após o término do contrato, entretanto, ele adquiriu um prédio, onde gera empregos, renda e desenvolvimento", completa.
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