Japão retira apoio militar aos EUA no Afeganistão

O ministro da Defesa, Shigeru Ishiba, ordenou nesta quinta-feira (1.°/11) a retirada das Forças Navais de Autodefesa do Japão, que abastecem há seis anos as operações militares dirigidas pelos Estados Unidos no Afeganistão, revelou a agência de notícias Kyodo.
Segundo a agência, o navio de abastecimento Tokiwa e o destróier Kirisame regressarão nas próximas horas a Tóquio, a partir do Oceano Índico, onde forneciam combustível a barcos do Pentágono e seus aliados para seus ataques contra o país centro-asiático.
O retorno das embarcações coincido com o término do período de vigência da Lei Especial Antiterrorista, e sua execução marca a suspensão da primeira missão no exterior das forças japonesas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Estatísticas publicadas pelo governo japonês mostram que as Forças Navais forneceram mais de 484 quilolitros de petróleo a barcos procedentes de 11 países, principalmente dos Estados Unidos e Reino Unido, em 794 missões contra o território afegão.
A Lei Especial Antiterrorista, repudiada no parlamento pela oposição, foi aprovada em outubro de 2001, quando os Estados Unidos iniciaram a invasão do Afeganistão, com o pretexto dos ataque s de 11 de setembro em Nova York e Washington.
Desde então, tal lei foi prorrogada em 2003, 2004 e 2006, mas, devido à situação política atual, é inevitável que o Japão retire seus efetivos e suspenda o apoio às operações militares.
O primeiro-ministro Yasuo Fukuda reuniu-se na terça-feira (30) com o presidente do Partido Democrático, Ichiro Ozawa, que controla o Senado, para pedir o apoio da oposição à permanência das tropas japonesas, proposta que foi negada.
Os meios de comunicação japoneses estimam que Fukuda deve procurar outro momento para obter a aprovação do novo projeto de lei, caso contrário, deve continuar a discussão em 2008, já que deseja ajudar a câmara baixa do parlamento, pela pouca popularidade que tem o seu Partido Liberal Democrata.

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