Manifesto

Em um mundo onde a hegemonia do capital se faz sentir pesadamente sobre a vida das pessoas e que, atualmente, revestindo-se da "máscara" do neoliberalismo, tem buscado apresentar ares de vitória absoluta. Onde nada mais teria para se mudar, onde a história teria chegado ao seu "fim".
Pelo contrário, acredito que a disputa está aberta, em condições por vezes desfavoráveis, mas que de forma alguma pode se dar por encerrada a "partida''. Muito pelo contrário, as contradições e injustiças que já motivaram tantos lutadores e lutadoras a enfrentar este sistema, permanecem atuais. A alteração deste quadro só será possível por obra da maioria excluída do sistema, como bem nos coloca Marx, acabando com o poder da classe dominante, construindo um novo poder, reorganizando a sociedade para eliminar a exploração do Homem pelo Homem. Para acabar com qualquer tipo de opressão ou preconceitos. Para construirmos uma sociedade justa, humanitária, onde os homens mulheres, sejam donos do seu próprios destinos e não reféns do dinheiro e da ganância. E esta emancipação não será possível sem haver um esforço permanente de construção deste processo. Onde a formação e a informação assumem um papel central.
Se está já era uma verdade nos primórdios da luta revolucionária contemporânea (Marx e Engels, por exemplo, dedicaram grandes esforços no incentivo a imprensa operária), hoje, com a diversificação e aprimoramento dos meios de comunicação esta disputa se faz ainda mais necessária. Ainda mais se falarmos em termos de Brasil, onde temos uma concentração absurda dos meios de comunicação de massa nas mãos de poucos, onde a "industria da desinformação" tem buscado interferir diretamente nesta disputa, indo para além do "papel" que ela apregoa ter, que seria o da "informação isenta".
Para romper esse cerco, somente com radicalização da democracia, com a proliferação dos meios de comunicação, com a democratização dos meios de comunicação de massa e com a facilidade de acesso aos meios de comunicação. Nisso, parte da solução do problema passa por ações de governo, mas outra parte passa pela auto-organização popular. Pela construção de veículos de informação alternativos, que cumpram um papel informativo e de construção de consciência crítica.
E na internet se vislumbra, ainda que com limitações, uma possibilidade de se romper este "cerco". É com está idéia que nasce a "Aldeia Gaulesa". O nome desse blog sintetiza um pouco deste espírito, pois em tempos de hegemonia neoliberal, um blog em um "mar" de milhares de outros "sites, blogs, etc." pode aparentemente não representar muita coisa. Mas, como nos ensinam os quadrinhos geniais dos franceses Uderzo e Goscinny, as vezes uma pequena aldeia gaulesa pode desafiar um poderoso império como o dos Romanos.
Assim como aqueles irredutíveis gauleses, este blog pretende ser mais uma "pedra no sapato". Ajudando no esforço de difusão de informação e de formação política de todos e todas aqueles que acham que a história não se encerrou e que temos um mundo a construir.

Um comentário:

Anônimo disse...
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