Repressão no 1º de Maio chileno



Alguns militantes de esquerda, por vezes, tendem a fazer comentários generalizantes, acreditando que os governos pós-neoliberais da América Latina (Brasil, Argentina, Bolívia, Equador, etc.) em nada se diferenciariam dos velhos (ou atuais) governos neoliberais. O Chile é um bom exemplo para estes militantes de que as diferenças existem e são gritantes.

O Dia do Trabalhador no Chile foi marcado por uma grande manifestação que terminou em confronto com a polícia e a prisão de 60 manifestantes em Santiago, conforme informaram as autoridades chilenas, e um número ainda maior de feridos pela repressão.

Uma grande manifestação com 150 mil pessoas - segundo os organizadores do protesto - percorreu de forma pacífica a Avenida Alameda, a principal artéria de Santiago, o ato foi convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Chile e contou com a participação de sindicalistas, estudantes, partidos de esquerdas, grupos anarquistas, representando uma grande diversidade que, a algum tempo, tem lutado para impedir o avanço das políticas neoliberais do presidente Sebastián Piñera.

Como já ocorreu em outros protestos no Chile, a repressão foi duríssima contra os manifestantes. Um pequeno grupo anarquista, de forma espontânea, partiu para ações radicalizadas (atiram pedras e "coquités molotov" contra lojas e policiais). A resposta da polícia dos Carabineiros foi disproporcional e generalizadas.  Mostrando como governos neoliberais tratam os movimentos sociais.
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