Quando panelas de pressão são mais poderosas que mísseis norte-coreanos












Por Erick da Silva

Ao longo das últimas semanas, os noticiários das agências de notícia internacionais noticiavam a exaustão a ameaça iminente de uma guerra,possivelmente de grandes proporções, entre as Coreias do  Sul e do Norte.

Verborragias e exageros a parte, o conflito armado, concretamente, não deverá ocorrer, salvo alguma ação unilateral inesperada e, até o momento, não colocada no cenário.

A tônica na cobertura e análise presentes nos jornais "deste canto do mundo" não cansaram de apontar os riscos de uma ameaça nuclear vinda de Pyongyang. Esta "terrível e maligna" ameaça, no entanto, eis que de repente, praticamente desapareceu das manchetes dos jornais. Sumiu sem dar maiores explicações. O motivo? Duas panelas de pressão.

O trágico ataque terrorista na maratona de Boston, que deixou três mortos e pelo menos 176 feridos,  assumiu praticamente a totalidade dos noticiários internacionais. Foi, sem dúvida, um injustificável e absurdo ataque, que causou sofrimento e dor a centenas de pessoas inocentes.

Para a Coreia do Norte tanto melhor, afinal, a pressão belicista, vinda principalmente dos EUA, temporariamente atenua-se.

No entanto, não deixa de ser curioso que duas panelas de pressão sejam hoje mais comentadas e temidas que os tão comentados "misseis nucleares" da Coreia do Norte.

Os EUA, sempre tão paranoicos com sua segurança interna - ao ponto de desenvolver a doutrina da "guerra preventiva" - viram duas panelas de pressão serem mais poderosas que os mísseis norte-coreanos.

Tempos estranhos esses!
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